HUMILDADE INTRÍNSECA NO COACHING EXECUTIVO
Líder conheça três pilares que lhe ajudarão a melhorar a sua performance profissional
Ao pensar nos impactos na habilidade de gerir empresas e expandir talentos do coaching executivo, veio-me à mente o arquétipo do padrão geral brasileiro de comportamento nas empresas. Um executivo com um perfil emocional e um know how incrível. Mas pouco disposto a ouvir e a aprender. Em visita ao Brasil em 2013, o renomado Dr. Marshall Goldsmith preocupou-se com o jeito mais emocional dos CEOs brasileiros, muitos deles se mantém no cargo por influência familiar e flertam com a arrogância e a presunção, por não saberem lidarem com as pessoas.
O desenvolvimento da inteligência emocional, ouso dizer que este é o primeiro impacto promovido pelo coaching executivo. Segundo a análise do doutor Goldsmith a criatividade e a técnica profissional do brasileiro são inegáveis, entretanto, o seu desafio é adquirir a capacidade de ouvir, aprender e perguntar. “O líder tem o poder da decisão. Eu os treino para que absorvam o quanto puderem dos demais, mas não precisam acatar tudo. O líder não precisa agradar a todos.” Declarou Marshall Goldsmith em entrevista concedida à Revista Veja naquele ano.
As três habilidades destacadas pelo senhor Goldsmith são adquiridas pelo desenvolvimento da inteligência emocional e por uma boa dose de humildade. Essa palavra confunde algumas pessoas. Humildade está longe de ser ou parecer um sentimento de inferioridade com relação aos demais. Ela é fruto de autoconhecimento, seja conhecer o seu próprio potencial quanto, também, as suas limitações para adquirir melhores resultados na vida. Quem se conhece bem não se sente ameaçado ou tem seu orgulho ferido ao ser corrigido quando uma falha for detectada.
Ouvir: comece ouvindo a si mesmo(a), identificando as principais coisas que lhe incomoda nas relações interpessoais. Faça uma lista de várias situações que lhe tiram do sério. Essa lista será importante para você enxergar seus pontos fracos e assim, ter a oportunidade de aprender com eles. Ouça as pessoas da sua empresa, desde o menor cargo até o mais próximo da liderança. Você não precisa acatar todas as ideias que ouvir, mas ao menos reflita sobre aquelas que fazem sentido para alcançar os objetivos.
Aprenda com os seus erros e diariamente. Todos os dias no trabalho estamos sujeitos a acertos e falhas, quando um erro for encontrado, mais importante que achar os culpados é pensar em conjunto como alcançar o resultado esperado e reverter a situação. Quanto mais cedo aprender com os erros, mais rápido irá superar o desafio instaurado.
Pergunte! Muitas pessoas tem dificuldade em perguntar sobre o que não sabem por orgulho e, principalmente, o medo de ser julgado(a) pelos ouvintes. Uma pergunta por mais simplória que possa parecer é sempre útil. Parta do pressuposto que você não precisa saber de tudo e que, ao perguntar, você também aprende e dá a oportunidade ao outro de revelar o seu conhecimento. Isso fortalece o relacionamento em equipe e promove, aos seus subordinados, um sentimento de valorização que enriquece as relações profissionais.
Os impactos do coaching executivo na habilidade de gestão do líder só aparecerão se o mesmo se dispor a aprender a partir daqueles que o rodeiam, seus colegas de trabalho e stakeholders diretamente influenciados pelo seu desempenho profissional. É importante que o líder coloque em prática tudo quanto puder, a respeito do que lhe foi ensinado. Discuta o que foi aprendido com os colegas de trabalho e faça medições periódicas do progresso de sua nova performance para contabilizar os resultados.
Fontes de consulta
[Preferencial] – Portal Marshall Goldsmith
Coaching de liderança: o que vale a pena?
Os executivos podem realmente mudar o seu comportamento?
Revista Veja (Online)
Brasileiros Precisam tomar cuidado com o sucesso, diz guru dos CEOs
